Quinta-feira, 09 de maio de 2013
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NOVA FÁBRICA
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O governador Beto Richa assinou nesta quinta-feira (09/05) dois protocolos de intenções com a Klabin para enquadrar no programa Paraná Competitivo investimentos que somam cerca de R$ 7 bilhões. O primeiro é para implantação de uma nova unidade de celulose em Ortigueira. O projeto Puma, como a empresa denomina, terá investimento de R$ 6,8 bilhões. O outro protocolo, de R$ 230 milhões, é para modernização da unidade de Telêmaco Borba.
A nova unidade de Ortigueira irá criar 8,5 mil empregos diretos e indiretos na
fase de construção, e 1.400 postos para a operação da fábrica. Pelo acordo, 12
municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) vão repartir o
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). \"É o maior
investimento privado da história do Paraná. Com a implantação da Klabin
garantimos o resgate econômico e social desta importante região do Paraná\",
afirmou o governador.
A fábrica da Klabin tem produção projetada de 1,5 milhão de toneladas de
celulose por ano. O projeto começa a ser implantado neste ano e a previsão é
entrar em operação em 2015. \"Isso demonstra a confiança retomada com o setor
produtivo, para que o Estado volte a crescer\", disse Beto Richa.
Richa afirmou que o compromisso do governo é investir na industrialização do
interior. Ele lembrou que o Paraná Competitivo já atraiu 120 empresas para o
Paraná, responsáveis por investimentos de R$ 20 bilhões e a geração de 136 mil
empregos diretos. \"O Paraná resgatou a confiança do setor produtivo, com um
governo mais aberto ao diálogo, estável e com segurança jurídica\".
O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, destacou que o investimento da
Klabin é reflexo de uma política industrial moderna adotada pelo Estado nos
últimos dois anos, e que a nova fábrica será um atrativo para que outras
empresas se instalem na região, nos setores de madeira e móveis, por exemplo.
\"Esta fábrica é a coroação do grande esforço que fizemos para que o Paraná
volte a se desenvolver de forma harmônica e acelerada\", disse Hauly.
\"Todos devem se perguntar a razão da Klabin anunciar um investimento deste
porte no coração do Paraná\", disse o presidente da Klabin, Fabio Schvartsman.
\"Respondo com quatro fatores: o econômico, pois será uma das plantas mais
competitivas do mundo; o social, já que trará desenvolvimento; o ambiental,
pela preocupação com o meio ambiente; e, principalmente, pelo apoio de um
governo que quer ver o desenvolvimento do seu Estado. Temos a chance de implantar
uma fábrica que será a mais sustentável do planeta\", afirmou Schvartsman.
GANHOS - A nova fábrica da
Klabin será construída em área própria da empresa, localizada na comunidade
rural conhecida como Campina dos Pupo, a 15 quilômetros da área urbana de
Ortigueira. O empreendimento trará ganhos econômicos e sociais, que resultarão
em incremento da renda para a região, com atração de novas empresas,
oportunidades de empregos, aumento na demanda para o setor de serviços,
formação e qualificação profissional, melhoria da infraestrutura regional.
Pelo acordo firmado com o governo do Estado, a Klabin se compromete a investir
na preservação do meio ambiente, em conformidade com as legislações municipal,
estadual e federal; a concentrar suas exportações e importações necessárias ao
empreendimento e suas exportações nos portos e aeroportos paranaenses, com
desembaraço aduaneiro no Estado.
A empresa também vai a investir na formação e qualificação de trabalhadores, em
parceria com escolas profissionalizantes e institutos de pesquisas
estabelecidos no Paraná, além de utilizar instrumentos de incentivos fiscais a
serem aplicados no Estado para Ciência e Tecnologia, Fundo Estadual para
Infância e Adolescência, cultura, esportes e paraesporte.
Fabio Schvartsman declarou que a determinação do governador mostra o
comprometimento do Estado com a industrialização do Paraná. \"Isso reforça nossa
convicção de que o Estado é parceiro do produtor. Com uma junção de esforços,
vamos implantar essa nova indústria que irá gerar impostos e empregos para os
paranaenses\".
ICMS - O novo
empreendimento irá gerar R$ 500 milhões de impostos na fase de investimentos e
R$ 300 milhões ao ano quando a fábrica estiver em operação. Convênio assinado
no início do ano define que ICMS proveniente das operações da nova fábrica de
celulose seja dividido entre doze municípios dos Campos Gerais e Norte
Pioneiro.
Ortigueira, sede da indústria ficará com 50% do tributo e os 50% restantes
serão partilhados entre todos os municípios fornecedores de matéria prima. São
eles: Cândido de Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do
Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.
A divisão atende critérios que consideram o volume de madeira enviado às
fábricas da Klabin no Paraná, o número de habitantes e a evolução municipal do
Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM). De acordo com o governador, a
partilha dos tributos gerados pelo novo empreendimento será fundamental para a
consolidação de um desenvolvimento mais homogêneo na região.
Maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil, a Klabin já
mantém uma unidade no Paraná, em Telêmaco Borba, onde produz papéis e cartões
para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e também comercializa
madeira em toras.
Melhoria da Infraestrutura
Pelo protocolo assinado com a Klabin, o Governo do Paraná outorga à empresa a
responsabilidade para aplicar, em melhoria da infraestrutura, parte dos
impostos que deveria recolher aos cofres do Estado. Assim, a empresa fará uma
série de obras relacionadas ao novo empreendimento, no valor de R$ 598 milhões,
que também vão melhorar a vida dos moradores dos municípios envolvidos no
processo. São elas:
Estrada da Campina - melhoria e pavimentação
Estrada Estratégica - melhoria
Estrada Minuano - melhoria e pavimentação
Estrada Margem Direita - pavimento primário, utilizando parte já existente, e nova ponte sobre o rio Tibagi
Ferrovia Central do Paraná - construção de ramal ferroviário de 23,1 quilômetros, interligando a fábrica à ferrovia;
Linhas de transmissão de 230 Kv ao sistema da Copel
Geração de ICMS
R$ 500 milhões de impostos na fase de investimentos
R$ 300 milhões/ano quando a fábrica estiver em operação
50% do ICMS incremental para Ortigueira
50% do ICMS incremental para: Cândido de Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania
*Com informações da Agência Estadual de Notícias.
Fonte: Fernanda Rodrigues