A Prefeitura Municipal de Ortigueira fez a entrega na terça-feira (23) de seis barracas para os feirantes do município, na esquina entre a avenida Brasil e a rua São Paulo – ponto oficial da feira livre há cerca de 10 anos. 

As seis barracas, de cor verde, são produzidas em lona de PVC, com proteção contra raios ultravioletas e oxidação. O material é antichamas, antimofo e impermeável. Cada barraca mede nove metros quadrados e dois metros de altura. O total investido na aquisição das barracas é de R$ 4.950 (R$ 825 cada), a partir de recurso próprio da Secretaria Municipal de Agricultura. 

Antes da pandemia, a previsão era de que até três feirantes - cada um com seu próprio produto - dividissem uma mesma barraca. Com o distanciamento social, porém, as regras devem ser revistas. A Associação das Agroindústrias Familiares de Ortigueira (AAFO) deve discutir estratégias nos próximos dias para a estreia – ainda sem data prevista – e a utilização das novas barracas, respeitando o distanciamento social de clientes e feirantes.

Rumo à tradição 

Há cerca de uma década, a feira livre é realizada na esquina da avenida Brasil com a rua São Paulo, na região central de Ortigueira. Atualmente, a feira é realizada às quartas e sábados, das 7h às 11h, e conta com a presença de quatro feirantes.

A proposta da AAFO é de que a feira passe a incluir, também, nos próximos meses, o comércio de caldo de cana, espetinhos e pastel – uma reivindicação dos moradores. É cogitada, também, a possibilidade de um terceiro horário de funcionamento da feira livre, à noite, ainda a ser decidido pela associação.

Otimismo à frente

Comercializando bolachas, pães e bolos, Vanice Gonçalves, 40, participa da feira há três anos. Com as novas barracas, ela quer melhorar a apresentação dos produtos e vender mais. “As barracas ficaram bonitas, vão chamar mais atenção de quem passa nas ruas. Quero aumentar as vendas em 50%”, disse.

Atuando há cinco anos na feira, Terezinha Pinheiro, 56, também pretende, diante das novas barracas, aumentar o faturamento com as vendas de alface, couve, repolho, almeirão e cheiro verde. “Sábado, nosso dia de maior movimento, eu atendia umas 25 pessoas. Com o coronavírus, o atendimento caiu para 15 pessoas. Agora, a gente quer voltar a vender bem nessas barracas reforçadas”, comentou.

Em encontro com os feirantes, a prefeita Lourdes Banach afirmou que as barracas podem melhorar a condição de trabalho do ortigueirenses e aumentar a visibilidade dos itens comercializados. “As barracas são um pedido antigo e espero que, com elas, seja possível organizar a feira, chamar a atenção da clientela e fazer, com conforto e segurança, a exposição dos produtos.”

Como participar

Para comercializar os produtos na feira do município é preciso integrar a Associação das Agroindústrias Familiares de Ortigueira (AAFO) e ter os produtos autorizados pela Secretaria Municipal de Agricultura e pela Vigilância Sanitária. 

Para fazer parte da AAFO, é cobrada uma taxa trimestral de R$ 50 e, segundo a Secretaria Municipal de Agricultura, há uma série de benefícios aos feirantes, como a possibilidade de participar de alguns programas e instrumentos sociais do governo do Paraná, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e a Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF).

FEIRA LIVRE
Onde na esquina da avenida Brasil com a rua São Paulo
Quando quartas e sábados, das 7h às 11h
Mais informações sobre como integrar a feira (42) 3277-2395 

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