Rua São Paulo - Centro - CEP 84350-000 - Ortigueira - PR | 42-32771388

NÃO PICAM

Mosquitos estéreis ajudam a diminuir a dengue em Ortigueira

Quinta-feira, 01 de abril de 2021

Última Modificação: 01/04/2021 17:15:56 | Visualizada 730 vezes

Cidade não registrou casos da doença neste ano


Ouvir matéria

Liberados de duas a três vezes por semana nas áreas urbanas e rurais de Ortigueira, mosquitos machos estéreis de Aedes aegypti estão ajudando a prevenir e a diminuir os casos de dengue no município, de Zika, chikungunya e febre amarela.

Na cidade, até o momento, nenhum caso de dengue foi confirmado segundo o relatório divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. Entre os anos de 2019 e 2020, o município de Ortigueira havia tido um aumento de 76% nos casos de dengue. Os resultados positivos são fruto desta iniciativa, desenvolvida desde novembro de 2020, pela Forrest Brasil Tecnologia, em parceria com a Prefeitura Municipal de Ortigueira e a Klabin. 

Em escala inversa à de Ortigueira, o Paraná vem enfrentando um aumento no número de casos de dengue, inclusive com óbitos pela doença. Os mosquitos machos estéreis de Aedes aegypti não picam, não transmitem doenças, não provocam reação alérgica e não se alimentam de sangue, portanto não oferecem riscos às pessoas. Ao serem soltos, sem prejuízos ao meio ambiente, eles procuram as fêmeas para reprodução. Como elas cruzam apenas uma única vez na vida, os ovos das fêmeas serão estéreis, ou seja, não gerarão novos mosquitos. O resultado disso é que redução gradativa da população do Aedes até a eliminação total dos mosquitos.

Este projeto de controle natural de vetores foi realizado inicialmente na cidade de Jacarezinho, também no Paraná, entre 2018 e 2019, onde ficou comprovada a eficácia da tecnologia. Na cidade houve uma redução de mais de 90% na população de mosquitos. “Chegamos a uma redução de 91,4% na população de Aedes aegypti nas áreas tratadas do município, que é um dos que mais apresentam casos de dengue no estado”, observa a coordenadora técnica do projeto, Lisiane Castro Poncio. 

As evidências da redução da população foram comprovadas, ainda, por dados fornecidos pelas autoridades públicas, como a Secretaria Estadual de Saúde, com base no indicador LIRAa. Este indicador representa a porcentagem de casas com teste positivo para a presença de larvas de Aedes aegypti. Durante a realização dos testes no município de Jacarezinho ocorreu um surto de dengue e mais uma vez ficou comprovado que nas áreas tratadas pela Forrest a contaminação foi 16 vezes menor que nas áreas não tratadas, indicando que a tecnologia exerceu um efeito protetor contra a dengue. 

O projeto foi reconhecido e aprovado pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA), além de órgãos internacionais. Todo o estudo foi publicado na revista científica, The Journal of Infectious Deseases, da conceituada The Oxford Academy. 

A servidora pública Maria Joana Ortiz, de Ortigueira, recebeu uma equipe da Forrest Brasil que esclareceu todas as dúvidas sobre o uso da tecnologia na cidade. Ela tinha receio antes de conhecer o trabalho, mas depois da apresentação mudou sua opinião. “Eu tinha muita preocupação de que os mosquitos picassem, mas hoje eu sei que eles não picam, só circulam perto de nós”, relatou a moradora. 

Para ela o trabalho desenvolvido na cidade é de extrema importância, já que o alto número de casos de dengue na cidade era frequente. “Está sendo muito bom esse trabalho, aqui sempre teve muita dengue, inclusive uma sobrinha minha que estava grávida teve a doença e agora já não estamos mais vendo casos”. 

A mesma opinião é compartilhada pelo comerciante Roni Éder dos Santos, que conheceu a tecnologia da Forrest por meio da filha, de 9 anos. “Minha filha estava voltando da escola e pediu para pararmos onde a equipe da empresa estava explicando como funciona a tecnologia. As equipes tiraram todas as nossas dúvidas, cheguei a colocar a mão no recipiente com mosquitos e vimos que realmente eles não picam. Esse trabalho é muito bom para Ortigueira”, concluiu. 

Trabalho educativo 

Desde o início do projeto na cidade, a Forrest Brasil Tecnologia vem desenvolvendo um trabalho educativo com a população, mostrando que os mosquitos não picam e não trazem danos à saúde. As ações envolvem visitas de equipes nas casas, quando é o funcionamento da tecnologia do Controle Natural de Vetores é esclarecido.

Neste sentido, algumas ações também foram implementadas em áreas de grande circulação de pessoas, como a rodoviária do município. O trabalho também envolve a utilização de um carro de som por todas as vias da cidade com mensagens informativas. 

Mais informações
Dúvidas ou reclamações: (42) 98889-9093

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Forrest Brasil Tecnologia

Criança acompanha exposição sobre o os métodos do projeto desenvolvido pela Forrest. Crédito: Assessoria de Imprensa da Forrest
Legenda: Criança acompanha exposição sobre o os métodos do projeto desenvolvido pela Forrest.

 Galeria de Fotos

 Veja Também